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Tecnologia para máquinas agrícolas: 4 coisas que você precisa saber

Confira quais são as inovações e as operações principais das tecnologias para máquinas agrícolas que você deve conhecer

Por Daniel Vieira (*)

A mecanização agrícola foi um passo fundamental para o aumento de eficiência na produção, tornando os processos mais precisos e otimizando a mão de obra. O primeiro grande marco desse movimento foi a criação da semeadora tracionada por cavalos, que data do ano 1.700, idealizada e executada pelo inglês Jethro Tull (sim, vem daí o nome da banda)

De lá para cá, os avanços tecnológicos na área possibilitaram progressivamente a parcelas cada vez menores da população rural produzir alimentos para toda a população urbana.

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Dentre os processos que realizados com a utilização de maquinário podemos distinguir quatro operações principais: preparo de solo, plantio, aplicação de defensivos agrícolas e colheita.

Confira:

  1. Preparo de solo:

Essa operação é executada antes do plantio e é realizada por um equipamento atrelado a um trator. Esses implementos agrícolas são aquilo que é chamados de “implementos de arrasto”, ou seja são puxados, recebem tração do trator. De maneira geral, têm a função de revolver o solo, deixando-o propício para receber a semente.

  1. Plantio:

Na operação de plantio é associada ao trator a semeadora, implemento que pode ser utilizado tanto para posicionar a semente no solo como para realizar a primeira adução necessária àquela cultura. A quantidade de linhas plantadas pode variar de acordo com a potência do trator que a traciona, podendo chegar a 54 linhas (modelo da marca CASE).

Como esse processo ocorre atrelado ao trator, é possível utilizar os sistemas de piloto automático e GPS do trator para determinar exatamente onde cada linha de plantio ficará e onde cada semente posicionada, dando assim uma precisão cirúrgica à operação.

  1. Aplicação de defensivos agrícolas:

Essa atividade pode ser realizada por um implemento atrelado, tracionado pelo trator, como ser um autopropelido (veículo especializado apenas nesse tipo de ação ). Essa operação ocorre diversas vezes ao longo do ciclo da planta no campo. Também tem como característica aplicação em múltiplas linhas, podendo ter mais de 20 metros de comprimento de aplicação em linha, o que permite cobrir grandes áreas. Esses veículos ainda podem ser dotados de computador de bordo e GPS, o que garante a área onde foi aplicado o produto.

  1. Colheita

Essa etapa, de maneira geral, também é feita por um veículo autopropelido. Ele geralmente colhe e recolhe o grão do campo. Essas máquinas têm a possibilidade de trocar a sua plataforma dianteira. É necessário um sistema diferente para colher milho e outros grãos, como leguminosas e cereais.

Máquinas como costumam possuir também sistemas de GPS e computador de bordo, além de uma série de sensores de peso e volume que possibilitam registrar a quantidade colhida pelo veículo.

Apesar dos inúmeros tipos de tecnologia disponíveis no mercado, poucos deles ainda são efetivamente usados – isso inclui a área de máquinas agrícolas.

Isso se deve, entre outros fatores, à falta de conhecimento técnico de alguns produtores ou da falta tradição no uso de em sistemas de desempenho nas lavouras. A tendência, no entanto, é que a evolução do mercado – e o acirramento da competição – no mundo e no Brasil estimule adoção de tecnologias no campo, em especial em máquinas agrícolas, por um número cada vez maior de produtores rurais.

  • Daniel Vieira é engenheiro agrônomo formado pela Esalq, faz parte da equipe StartAgro e Datagro Farm e também estudou na University of Arkansas