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Economia circular ganha força ao propor uma maneira mais sustentável de produzir

Por André Sollitto

Pouco antes do isolamento que foi adotado por vários países da Europa, o Parlamento Europeu apresentou um documento que representou um importante passo em direção a um método de crescimento regenerativo capaz de dar conta das demandas que vão surgir nas próximas décadas. O Plano de Ação de Economia Circular prevê a adoção de inúmeras medidas em todas as áreas produtivas, inclusive na agricultura: seja por meio de redução de desperdício, seja por meio do uso mais eficaz e consciente da água e de nutrientes no solo. 

Mas o que é, exatamente, economia circular? Basicamente, é reutilizar, recuperar e reciclar. Envolve o pensamento de novos sistemas capazes de reduzir a necessidade de busca por recursos finitos do nosso planeta e regenerar sistemas naturais. Também envolve estratégias para que a geração desses resíduos seja reduzida ou, melhor ainda, removida dos sistemas econômicos. Em vez de simplesmente adaptar métodos já existentes, propõe o desenvolvimento de novos métodos, mais eficazes e sustentáveis. O termo “circular” justamente se refere a reincorporar resíduos, por exemplo, à produção. Trata-se de um círculo fechado.

É um conceito ainda pouco popular no Brasil. O agricultor brasileiro já está bastante familiarizado com outros conceitos de sustentabilidade, do manejo agroecológico ao sequestro de carbono. Ele já percebeu as vantagens de pensar a longo prazo nos cuidados com a terra, não apenas pelos óbvios benefícios ecológicos, mas também pelas vantagens financeiras. A economia circular, no entanto, ainda é um tanto misteriosa. Mas a situação começa a mudar.

Leia a reportagem no site da revista Plant Project