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Empresa de Curitiba quer produzir exoesqueletos para trabalhador do campo

Os exoesqueletos, máquinas que auxiliam os trabalhadores a diminuir o impacto físico de funções mais pesadas, são bastante usadas em alguns setores de produção. É o caso de indústrias, especialmente a automobilística. No agronegócio, no entanto, eles ainda não são muito populares. A empresa brasileira EXY Innovation Company, fabricante nacional de exoesqueletos, quer oferecer seus modelos para o setor.

A companhia é o resultado de um projeto conjunto de Alfredo Marczynski, atual CEO, e Marcos Loest, atual CTO. Ambos vêm de uma base de finanças, mas se conheceram em um programa de inovação. Decidiram trabalhar juntos e montar uma consultoria, mas a ideia de buscar as soluções a partir da demanda de clientes não era exatamente o que a dupla tinha em mente. Decidiram, então, desenvolver um produto.

O resultado foi o exoesqueleto EXY One. “O modelo foi pensado para a redução de peso nos braços e nas costas. Se parece com uma mochila, então o uso é natural. E funciona a partir de 15 graus”, afirma Alfredo. Ele conta que o desenvolvimento inicial foi caro, mas o resultado ficou de acordo com o esperado. O design foi vencedor do prêmio Brasil Design Award na categoria de produtos. E o preço final fica muito abaixo dos importados por conta do uso de peças nacionais – ou importadas, mas facilmente disponíveis por aqui – e por oferecer uma modalidade de aluguel dos exoesqueletos. Sua aplicação é voltada principalmente para a indústria, mas ele pode ser adaptado para outras funções, inclusive no agro.

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“Trabalhamos sempre na adaptação do produto. Diferente dos importados, temos uma base que pode ser adaptada para as necessidades de cada cliente”, diz Alfredo. Ele conta como está fazendo algumas alterações para que trabalhadores possam erguer botijões de gás com maior facilidade.

A EXY está trabalhando em um novo modelo, o EXY Back, que pode ser útil para trabalhadores no campo que ficam abaixados durante longos períodos, já que ele deve reduzir justamente o impacto nas costas na região lombar. “Acreditamos que o equipamento deva garantir o bem-estar dos trabalhadores para que eles possam aproveitar a vida quando voltam do trabalho”, diz Alfredo.