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Banco de patentes para fomento do funil de inovação – uma saída estratégica

Banco de patentes para fomento do funil de inovação
Um gargalo comum às empresas que estão investindo em inovação, é a captação de ideias e
depois entender o que vira projeto. Ou seja, decidir no que inovar. E é justamente para trabalhar
esse gargalo que existe o funil da inovação. Que é a estrutura de processos que a empresa cria
internamente para captar insights e definir o que têm potencial para se tornar um projeto para
teste. E depois para desenvolvimento.
Agora, além de ter o funil, a empresa precisa também diversificar a forma como traz insights
para dentro dele. E é nesse cenário que a análise em banco de patentes pode colaborar. Realizar
uma prospecção nesses bancos pode ser uma ótima fonte de informações. E eu vou explicar o
porquê!
Banco de patentes e informações de mercado
Quando uma empresa deposita uma patente, as informações daquela propriedade intelectual
ficam disponíveis no banco de patentes. Assim, ele se torna uma fonte de informação
tecnológica.
A lógica é a mesma de um banco de artigos científicos. Se um pesquisador quer saber o que já
foi publicado em determinado assunto, ele procura artigos científicos, certo? Da mesma
maneira, uma empresa pode pesquisar determinada tecnologia, produto ou processo. E assim,
entender o que já está sendo trabalhado, inclusive por concorrentes.
E como isso ajuda a inovar?
Ao realizar uma prospecção tecnológica em banco de patentes, a empresa pode entender quais
são as tecnologias que já estão sendo desenvolvidas. Assim, ela pode evitar investir no que já
está sendo feito. É claro que, ao ver o que está sendo feito, você também pode ver o que não
está.
A ideia é fazer diferente. No Livro “Dez tipos de inovação”, Larry Keeley diz que as empresas
devem olhar para seus concorrentes para fazer aquilo que eles não fazem. E não para copiar.
Então, podemos dizer que é usar o banco para ver onde o mercado está atuando. E buscar os
pontos obscuros para inovar.
É claro que, para fazer uma pesquisa no banco de patentes, você precisará partir de algum
ponto. A prospecção pode ser feita por palavra-chave, por exemplo. Ou por inventor, empresa,
classe de tecnologia etc. E é aqui mora outro fator importante sobre esse tipo de pesquisa:
precisa ser feita por quem sabe!
Analisando banco de patentes
Qualquer pessoa pode fazer uma pesquisa em banco de patentes. A maioria desses bancos são
gratuitos e abertos. No entanto, não é qualquer pessoa que saberá tirar informação disso.
Uma patente é um documento técnico e por isso, precisa ser lida de tal forma. Então, para que
uma prospecção seja bem feita, é importante que seja conduzida por um profissional que
entenda esse cenário. Ou por uma empresa especializada, como a MAGU, que eu super indico.
O banco de patentes brasileiro é o Instituto Nacional de Propriedade Industrial, o INPI. Mas um
bom estudo pode englobar bancos internacionais, como o USPTO, dos EUA, ou o Japan Patent
Office, do Japão. Mais um motivo para ter um profissional conduzindo esse processo.
Feita a análise, é hora de trazer os insights que interessam para o funil de inovação. É o momento
de validar o que foi encontrado. Entender se faz sentido dentro da estratégia de inovação.
Identificar os recursos que seriam necessários para o projeto. E, estando tudo certo, começar o
desenvolvimento.
Não basta que uma empresa ou cooperativa queira inovar, ela precisa se planejar e ter uma
postura ativa para transformar esse desejo em prática!

Colunista: Tatiana Fiuza, Head de Inovação do hub Cocriagro