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As agtechs e food techs mais inovadoras do mundo, segundo a Fast Company

Todos os anos, a revista Fast Company publica uma lista com as empresas mais inovadoras, responsáveis por mudanças profundas na indústria e na cultura. E o que chama mais a atenção nesta edição de 2019 é a quantidade de empresas ligadas ao agro. São sete, se contarmos todas aquelas envolvidas em diferentes etapas da cadeia de produção, três delas no Top 10. Agtechs, mesmo, são duas: Indigo Ag e Apeel Sciences. Outras três são food techs, mas que apresentam uma conexão importante com o produtor, reduzindo a diferença entre as duas categorias. E outras duas são mais difíceis de categorizar, mas estão ligadas ao agribusiness.

Conheça as empresas:

Sweetgreen
Com uma proposta de oferecer saladas rápidas, mas com produtos vindos dos melhores produtores, a empresa já abriu 91 restaurantes em 8 Estados americanos, e pretende abrir outras 15 lojas ainda neste ano. Lança pratos assinados por chefs com uma campanha de marketing digna de tênis cobiçados, mantém parceria com 150 fazendeiros e usa a tecnologia de Blockchain para rastrear toda a sua cadeia. Nos últimos tempos, adotou embalagens compostáveis para reduzir o desperdício.

Apeel Sciences
Após seis anos de pesquisa e desenvolvimento, a empresa lançou, em maio de 2018, um tratamento que envolve abacates, reduzindo a perda de água e a oxidação e aumentando sua validade em redes de supermercado. O tratamento é seguro, comestível e sem gosto, e os resultados foram muito positivos. Redes americanas como a Costco afirmaram que o desperdício de abacates diminui 60%. Agora, vão aplicar o revestimento em morangos, aspargos e frutas cítricas.

Oatly
A empresa sueca foi fundada em 1994 e foi a primeira a produzir uma alternativa ao leite feita com aveia pulverizada. Mas foi só em 2016, quando entrou nos Estados Unidos, que seu produto se tornou um sucesso cult. Primeiro, fecharam acordos de exclusividade com 10 das cafeterias mais badaladas do país. Os baristas ficaram impressionados com as possibilidades do leite de aveia, e a demanda cresceu tanto que hoje 2500 cafeterias e 1500 lojas oferecem os produtos da Oatly. Entre 2017 e 2018, a receita pulou de US$ 1,5 milhão para US$ 15 milhões.  

Indigo Ag
Começou oferecendo um tratamento de sementes com o objetivo de aumentar a produtividade e em poucos anos se tornou a agtech mais valiosa do mundo, avaliada em mais de US$ 3 bilhões e responsável por uma cadeia que inclui pesquisas em parcerias com produtores, um mercado de sementes premium, um sistema de monitoramento via satélite e uma plataforma de transporte. A empresa já opera no Brasil – leia mais na reportagem da Plant Project.

LanzaTech
Embora não possa ser considerada uma agtech no sentido mais comum do termo, a empresa fundada em Chicago desenvolveu bioreatores em que micróbios famintos transformam emissões de carbono em etanol. O sistema já é usado em fábricas na China, e em breve serão aplicados também na Índia e África do Sul. A CEO Jennifer Holmgren afirma que a tecnologia veio para provar ao mundo que “reúso de carbono é plausível, possível e faz sentido economicamente”.

Winc
Tradicionalmente, as vinícolas produzem um vinho e só então se dedicam a divulgá-lo. A Winc, quando deixou de distribuir rótulos de outros produtores para se dedicar à produção, usou pesquisas de mercado para entender os gostos de seus consumidores – e passou a criar vinhos sob medida, oferecidos por meio de um sistema de assinatura. Em 2018, criou cerca de 100 rótulos e vendeu mais de 300 mil caixas, um aumento de 100% em vendas

Lineage Logistics
A companhia não produz alimentos nem tem uma relação direta com produtores, mas transporta alimentos consumidos pelos americanos todos os dias, principalmente por oferecer sistemas de cadeia refrigerada. Mas a grande sacada da empresa foi ter usado a tecnologia para reduzir drasticamente os gastos energéticos com esse transporte. Sensores, internet das coisas e análise de dados otimizaram o uso de espaços e a manutenção da temperatura, e a redução de US$ 40 milhões em armazenamento e US$ 4 milhões anualmente com a regulagem de refrigeração.

É possível conferir a lista na íntegra no site da Fast Company, por meio deste link.