Mundo AgTech /


Mundo AgTech: edição de 21 de dezembro

Um giro pelo que acontece de mais relevante e interessante nas startups do agronegócio pelo mundo

Bacon feito em laboratório
O empreendedor Eben Bayer entrou para a prestigiosa lista de 30 pessoas com menos de 30 na indústria, compilada pela revista Forbes em 2015, por conta de seu trabalho à frente da Ecovative, uma startup que usa o micélio, a estrutura do cogumelo, para criar pacotes compostáveis e couro sintético. Agora, ele resolveu mergulhar no mundo cada vez mais concorrido das carnes limpas, feitas em laboratório, e está desenvolvendo bacon. Até agora os resultados têm sido positivos. Segundo Bayer, o bacon “limpo” saiu bem saboroso e chiou na grelha como o verdadeiro. “O sonho é fazer o equivalente a um belo bife. Se você conversa com os caras que fazem hambúrgueres baseados em proteína vegetal, o objetivo é poder fazer um cheeseburguer com bacon”, afirma Bayer. O produto ainda vai demorar para estar disponível aos consumidores, mas as perspectivas são cada vez mais interessantes.

Leia a reportagem completa no site da Forbes

Como o cânhamo pode dar origem a toda uma nova indústria
Aprovada pelo presidente americano Donald Trump, a lei agrícola dos Estados Unidos, ou Farm Bill, estabelece uma série de diretrizes para o campo nos próximos cinco anos. Um dos detalhes mais polêmicos foi a legalização do cultivo de cânhamo industrial, parente da maconha. O cânhamo não tem o THC, o princípio alucinógeno da maconha, mas possui canabidiol, associado à sensação de relaxamento. Agora legalizado, ele poderá ser usado em produtos diversos. E as previsões é de que até 2022 os produtos alimentícios derivados do cânhamo movimentem até US$ 4,1 bilhões. Isso porque ele será legalizado nos 50 Estados (ao contrário da maconha medicinal), facilitando inclusive os investimentos de interessados.

Leia a análise completa no Food Dive

Food techs indianas levantam US$ 1,37 bilhão em cinco anos
Com uma população de 1,7 bilhão de pessoas, a Índia logo vai superar a China como país mais populoso do mundo. Com um setor agrícola repleto de problemas, alimentar toda essa gente logo será um problema. Por isso o ecossistema de startups, especialmente as food techs, tem despertado um interesse crescente ao propor soluções inteligentes capazes de resolver algumas das demandas da classe média crescente. De acordo com um estudo realizado entre 2013 e 2017, essas startups arrecadaram US$ 1,66 bilhão no período. O valor pode parecer baixo, ainda mais se comparado que apenas em 2017 foram investidos cerca de 10 milhões em agritechs no resto do mundo. Mas foram feitos 558 acordos (ou 10% do total mundial), e os custos de operação na Índia são muito mais baixos. Essas empresas que receberam aporte têm trabalhado em áreas como delivery de alimentos, refeições prontas para comer, pequenas cervejarias artesanais e snacks saudáveis. É um mercado em franco crescimento.

Leia o estudo completo no AgFunder News