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Glossário: Bootstrap

Participar de programas de aceleração e correr atrás de investidores são ações corriqueiras para muitas startups e ajudam a obter a verba necessária para colocar um negócio ou uma ideia de pé. Mas nem sempre é possível contar com esse capital externo. Em casos em que o empreendedor usa seus próprios recursos para fundar a empresa diz-se que ele está “bootstrapping”.

Apesar de ser um pouco intimidador, o termo bootstrap é usado justamente para se referir a esse financiamento usando o dinheiro do próprio criador. A companhia é fundada e o empreendedor usa o próprio faturamento da startup para manter as contas no verde.

Existem riscos nesse processo. O empreendedor se arrisca financeiramente muito mais do que se contasse com investimentos externos, e a startup pode não dar o retorno esperado, ou demorar muito para dar lucro. Tudo isso precisa ser levado em conta. Mas existem benefícios também. O principal é manter o controle sobre cada etapa, sem a interferência dos investidores. Tudo é feito exatamente da maneira como o fundador imaginou. E é possível agir de acordo com as respostas do mercado em um tempo muito menor.

Existem diversos exemplos de companhias grandes que começaram na garagem de investidores, financiadas apenas com recursos próprios, e hoje são empresas avaliadas em milhões de dólares. A GoPro, fabricante de pequenas câmeras muito usadas em vídeos esportivos, foi criada por Nick Woodman com seu próprio dinheiro e permaneceu sem investidores externos por 10 anos. Hoje, é um case de sucesso – a marca se tornou sinônimo de câmeras de ação. No Brasil, um exemplo popular é a Sympla, plataforma online de eventos que começou com recursos próprios durante um bom tempo antes de receber um investimento da Movile em uma rodada série A, em 2017. Em entrevista ao site da ABS Startups, o CEO Rodrigo Cartacho fala sobre a experiência.

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