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Como as agtechs mudaram o bem-estar animal na última década, segundo Temple Grandin

Professora da Universidade do Colorado e uma das maiores especialistas em bem-estar animal do mundo, a americana Temple Grandin escreveu um artigo para o site da Forbes em que comenta os ganhos que o setor obteve com a adoção de tecnologias e soluções desenvolvidas por agtechs. A pesquisadora visitou o Brasil em 2018, e sua passagem foi tema de uma reportagem da revista Plant Project.

Nesses últimos dez anos, a maneira como os animais são criados se tornou uma das principais prioridades dos consumidores. Para atender a essa demanda, as próprias empresas agora alardeiam sobre as práticas que adotam para tratar seus animais. E de acordo com Temple as principais mudanças foram alcançadas por conta do uso de câmeras nos abatedouros. As imagens são monitoradas por auditores, que dão notas à performance e garantem que o abate é feito dentro das normas. Pode parecer um avanço pequeno, mas garante maior transparência.

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Segundo a pesquisadora, outras tecnologias podem ajudar a detectar animais que estão caminhando de forma estranha, o que indica dor. Câmeras também podem identificar animais mais magros, ou porcos machucados em brigas, ou ainda lesões nas patas de frangos. 

Grandin diz não acreditar que as câmeras e outras tecnologias vão substituir completamente os seres humanos. “Trabalho na área de bem-estar dos animais desde a década de 1970. Quando era jovem e ingênua, achei que a ciência e a tecnologia poderiam substituir o monitoramento feito por humanos. Agora sei que eu estava errada. As pessoas sempre serão necessárias para inspecionar o sistema”, escreve ela.

O artigo pode ser lido na íntegra, em inglês, neste endereço.