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Food tech que cria carne em laboratório, Aleph Farms capta US$ 12 milhões

A gigante Cargill foi uma das empresas que investiu na startup israelense

As proteínas alternativas, à base de plantas, estão dominando as discussões sobre food tech nos últimos tempos, especialmente após o sucesso do IPO da Beyond Meat. Mas o desenvolvimento das carnes feitas em laboratório a partir de células animais segue em ritmo acelerado. E a Aleph Farms, startup israelense na vanguarda desse movimento, acabou de captar US$ 12 milhões em uma rodada de investimentos série A liderada pelo fundo de venture capital de Cingapura VisVires New Protein. A gigante Cargill também participou da rodada.

De acordo com um anúncio divulgado à imprensa, os recursos captados serão usados na criação de bio-fazendas cujo objetivo será produzir bifes em laboratório, em condições controladas, para chegar ao mercado consumidor em três a cinco anos. Em dezembro do ano passado, a empresa afirmou ter sido a primeira a criar um bife em laboratório. A empresa ainda foi indicada ao importante prêmio AgFunder Innovation Awards, mas não foi a vencedora em sua categoria.

A Aleph Farms, assim como outras startups, incluindo a Memphis Meats, CUBIQ Foods e Mosa Meat, estão correndo para oferecer suas criações ao público. O grande desafio dessas startups é o alto custo envolvido na produção da carne em laboratório. Todas elas esperam colocar seus produtos nas prateleiras até 2021. Apenas em 2018, food techs do tipo captaram US$ 50 milhões, dobro do valor investido no setor em 2015, 2016 e 2017 combinados. A Cargill também colocou recursos na Memphis Meat (que tem ainda a Tyson Foods como investidora), decidida a colocar no mercado uma carne em laboratório, não importa a startup responsável por produzi-la.

Em entrevista ao site AgFunder News, Kenneth Lee, do VisVires New Protein, explicou os motivos que levaram o fundo a investir na Aleph Farms. “Primeiro, eles têm a habilidade de desenvolver vários tipos de células simultaneamente em uma estrutura em 3D, recriando a textura da carne de verdade. Em segundo lugar, eles não dependem de engenharia ou modificação genética. Por fim, eles têm uma estratégia para reduzir os custos de produção.